Modelo Organizacional Integracionista

(MOI)

Estruturação

DELPEL

A estrutura da DELPEL rege-se por este método, totalmente criado do zero, que interrelaciona o modelo organizacional projetizado, a estrutura vertical de viés funcional e a estrutura horizontal. A combinação destes modelos e estruturas são o que compõe o integracionismo do MOI, pois este método de organização faz-se da integração de diferentes estruturas e mecanismos que assim permitem estabelecer uma estrutura organizacional distinta e ágil.

Para compreendermos adequadamente o MOI necessita-se primeiro de se entender os modelos e estruturas que o compõem. Comecemos pelo modelo organizacional projetizado.

Este tipo de modelo caracteriza-se pela divisão dos recursos humanos em equipas multidisciplinares, às quais são delegados projetos que devem ser cumpridos e postos em prática. Distingue-se dos modelos tradicionais, como o funcional, pois não existem departamentos nem setores, existe maior mobilidade dentro da organização e não se verifica uma estrutura patronal tão burocrática e extensiva.

Abordando agora a estrutura vertical de viés funcional constata-se que esta é uma forma tradicional de estruturação. Trata-se da existência de uma hierarquia da prática do poder, havendo os que estão no topo e, portanto, com mais poder de decisão e os que estão mais abaixo, com menos poder. Cada indivíduo tem funções e cargos claros e específicos, o poder é exercido de cima para baixo e é um modelo mais imóvel, isto é mais rígido, com menos possibilidade mobilidade de cargos.

Por fim, a estrutura horizontal é uma forma de execução do poder. Nesta forma estrutural todos os indivíduos são iguais, todos têm exatamente o mesmo poder, não havendo líderes, mas sim uma democratização popular do poder. Este está nas mãos dos indivíduos, sendo os mesmos os tomadores de decisão, organizando-se em conselhos para discutir os assuntos de relevo.

O MOI reúne, adapta e aplica a conjugação destes modelos e estruturas na organização funcional da DELPEL.

Observemos que esta forma equipas multidisciplinares (Contactantes, Disseminadores, Elaborantes, Lobistas e Cuidadores) e procede à projetização, atribuindo a cada uma destas equipas um conjunto de projetos, tarefas e metas a cumprir, delegando-lhes responsabilidades.

Já no que concede à visão da estruturação de cada uma destas equipas podemos ver que apenas uma delas se distingue das restantes, os Cuidadores.

Todas as equipas, exceto a mencionada, apresentam uma horizontalidade do poder, este está distribuído igualitariamente por todos os indivíduos integrantes da equipa. Contudo, para uma melhor gestão do poder, tomada de decisões e cumprimento dos projetos, estes reúnem-se em Consórcios, devidamente realizados e agendados.

Consórcios são reuniões formais onde os integrantes de cada equipa se reúnem, no Consórcio que lhes compete, para debaterem ideias, pareceres, apontarem falhas, elaborarem críticas, alimentarem o espírito de união etc. sempre embasado na escuta ativa, participação civilizada, democracia do poder e das decisões e assim adiante.

Cada Consórcio elege dois porta-vozes semestralmente, mandatoriamente um homem e uma mulher, prezando a igualde de género e a rotatividade dos cargos. Estes não se comportam como líderes, mas sim zeladores da união da equipa, absorventes dos pontos de vista desta e comunicadores, com as restantes equipas, das necessidades, pontos a melhorar, desagrados e problemas afim, não só seus, mas da DELPEL como um todo.

Os Consórcios não têm poder de mudança nem de efetuar decisões sistémicas, cingindo-se a permitir às equipas organizarem-se e procurarem a melhor forma de cumprir e implementar os projetos e metas que lhes foram atribuídos, bem como o que fora dito anteriormente. O poder de mudança e de decisão está sim concentrado no Consórcio Geral.

Os Cuidadores distinguem-se deste modelo de organização das equipas abordadas anteriormente pois estrutura-se consoante um modelo funcional de distribuição de cargos, específicos e pormenorizados, que, olhando amplamente, formalizam uma hierarquia de orientação do poder.

Sendo os Cuidadores os administradores e gestores da DELPEL, revela-se imprescindível haver a manutenção de uma estrutura mais rígida e difícil de abalar, na medida em que também consiga unificar toda a multiplicidade de equipas, indivíduos, metas e projetos da organização.

A equipa dos Cuidadores é cede e organizador do Consórcio Geral, onde todas as equipas se reúnem. Assuntos que refletem a DELPEL como um todo são debatidos aqui, sendo também no Consórcio Geral que se estabelece a comunicação e cooperação de uma ponta à outra da organização. Compete a este órgão, sob domínio dos Cuidadores, também, de forma democrática, a delegação dos projetos e metas para cada equipa e a tomada de decisões.

Um importante papel do Consórcio Geral é ainda a elaboração das eleições para os cargos presidenciais da DELPEL. O Presidente é eleito por sufrágio direto e universal a cada 3 anos pelos indivíduos de cada uma das equipas e o vice-presidente é quem se configura como segundo nas votações. Qualquer indivíduo das equipas da DELPEL se pode candidatar a estes cargos.

Compete ao Presidente ser o porta-voz geral da DELPEL e «dar a cara» pela organização. Promulgar ou vetar projetos e metas, bem como liderar a coordenação geral da organização, sendo ele quem presencialmente visita instituições, associações, universidades, hospitais e escolas parceiras, favorecendo as relações exteriores da DELPEL, são também papel do Presidente.

Ao vice-presidente compete assumir as funções do Presidente na sua ausência, assumindo, até novas eleições, a presidência em caso de falecimento ou incapacitação permanente do Presidente. Auxilia-o ainda na coordenação da organização e tomada de decisões.

Em casos de renúncia ao cargo por parte do Presidente, são efetuadas, num período máximo de duas semanas subsequente, eleições. Quem assegura a presidência durante esse tempo é o vice-presidente.

Toda esta situação difere dos casos de falecimento ou incapacitação permanente, pois quase sempre nos casos de demissão o que está em causa é um descontentamento geral com a administração, uma má execução das tarefas e não causas que fogem do controlo humano. Há por isso uma necessidade de atuação rápida e eficaz para o bem da integridade da organização.

Existem ainda os Gerentes, que coordenam assuntos mais específicos da DELPEL, sendo eleitos nos mesmos moldes que o Presidente. Depois de eleitos nomeiam dois indivíduos de cada equipa para, juntos, colaborarem nas tarefas do Departamento.

O Departamento de Relações Externas é quem estabelece o vínculo da DELPEL com câmaras municipais, associações, universidades, promovendo relações de entreajuda, agendando visitas do Presidente a parceiros e implementando as estratégias e medidas de diplomacia elaboradas pelos Elaborantes.

O Departamento de Qualificação e Certificação é o responsável pela gestão dos processos de qualificação e certificação DELPEL, incluindo a análise de pedidos e atualização dos critérios de qualificação com base nos projetos dos Elaborantes a respeito do tema.

O Departamento de Administração de Recursos é quem garante o bom gerenciamento do dinheiro, das instalações e dos trabalhadores, sendo estes os responsáveis e organizadores dos processos de recruta de voluntários. Questões logísticas são também tratadas por esta gestão que procura alocar recursos para onde são necessários, na medida em que trabalha igualmente para sustentabilidade financeira da DELPEL.

A dinâmica do poder na DELPEL pode ser comparada à de qualquer Estado democrático.

Os Elaborantes podem ser vistos como possuidores do poder legislativo, pois criam os projetos e definem as metas da organização. Enquanto num Estado democrático compete ao poder legislativo criar as leis, na DELPEL compete aos Elaborantes fazer os programas e projetos.

O poder executivo, por sua vez, pode ser atribuído aos Cuidadores que têm nas suas mãos a gestão e liderança da DELPEL, ao mesmo tempo que são os tomadores de decisão e quem permite a implementação ou não dos projetos, através da promulgação ou do poder de veto. A estes cabe a execução do poder tal como numa democracia.

Já o poder judicial pode ser divido pelos Contactantes, Disseminadores e Lobistas. Estas são as equipas que de facto trabalham com os projetos e os implementam no terreno, conhecendo de perto a realidade social, detetando pontos fortes e falhas dos programas. Num Estado democrático o poder judicial é quem aplica a lei e assegura a sua correta implementação, sendo este o melhor conhecedor da realidade, exatamente como estas três equipas.

Para abordar mais de perto a dinâmica geral do poder na DELPEL, revela-se necessário então compreender melhor o papel dos Consórcios e do Consórcio Geral.

Os Consórcios realizam-se no âmbito de cada equipa, isto é, cada uma delas tem o seu próprio Consórcio que tem como propósito o compartilhamento de informações específicas às suas tarefas e metas, servindo como uma plataforma de colaboração interna e de procura pela melhor forma de execução dos projetos que lhes foram delegados. Não há líderes, nem hierarquia, mas sim porta-vozes que podem servir como mediadores dos debates e pontes de comunicação com as restantes equipas.

Por outro lado, o Consórcio Geral reúne os indivíduos de todas as equipas, sendo este coordenado pelos Cuidadores, eleitos democraticamente, e onde se discutem questões que transcendem o âmbito das equipas individuais. Políticas organizacionais, delegação de projetos, eleições de representantes, escuta de propostas e críticas das equipas, alocação de recursos em toda a organização etc. são alguns dos temas de discussão geral.

É no Consórcio Geral que as equipas se reúnem e alinham esforços para atingir os objetivos da DELPEL. Este é chefiado pelo Presidente e vice-presidente que juntos, escutam e atendem às demandas das equipas, mediando também os debates.

O poder de tomada de decisão e implementação de projetos processa-se de acordo com o organograma a seguir:

Fonte: Autoria própria;
Fonte: Autoria própria;

Apesar da decisão de vetar ou promulgar os projetos seja única e exclusivamente do Presidente, este pode e deve utilizar o Consórcio Geral como um órgão consultivo a fim de tomar decisões o mais unânimes e democráticas possíveis.  

Andreia Gonçalves, Lara Santos, Rodrigo Lopes
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